quarta-feira, 7 de março de 2018

Novidade #A3MSC - Entrevista com Federicco Moccia

Federicco Moccia: “Quero que Mario Casas volte a ser H no final da trilogia”


Feliz por seus romances “Três metros acima do céu” e “Sou louco por você” – Quem leu os livros e não se lembra da mítica cena em que Mário Casas, interpretando Hache, um adolescente rebelde e apaixonado - atravessa a cidade levando na garupa de sua moto, Maria Valverde com os olhos vendados? Federicco Moccia já vendeu 2,5 milhões de exemplares e levou 3 milhões e pessoas ao cinema, convertendo sua saga em um fenômeno entre fãs românticos (e italiano) mais importante dos últimos anos. Agora ele está na Espanha para divulgar a última parte da trilogia de “Três metros acima do céu”, em que os personagens cresceram, trabalham e constituíram família. E sim, ele sabe que Mario e Maria se apaixonaram durante as filmagens do longa e que posteriormente romperam o relacionamento ...mas gostaria de vê-los, juntos novamente, na telona.
Esse é o desfecho da maior história de amor de todos os tempo”...
É para mim. É a minha história, de fato. O primeiro livro é a história que vivi aos 18 anos: foi o mais importante do mundo, não houve nada que se comparasse. O segundo foi do nosso reencontro anos depois. E agora, o terceiro, bem, serão os mesmos personagens já adultos, onde as prioridades são outras.

Você se apaixonou como o Hache?
Moccia: Sim. Acredito que até mais.

O que ela disse quando te deixou?
Moccia: Nos reencontramos muitos anos depois do nosso rompimento. Ela disse: “gostei muito do livro, mas a protagonista não se parece nada comigo”. E eu me perguntei: Com quem eu estive por cinco anos? E então percebi que quando uma pessoa está apaixonada, ela vê a outra pessoa só através dos seus olhos. O que ela pensa, sonha, acredita...mas não é ela, são seus olhos, o amor que você enxerga nela.

Vocês ainda mantem contato?
Moccia: Felizmente, não.

Você se lembrou de quando estavam juntos?
Moccia: Quando eu era jovem pensava que passaria toda a minha vida com ela, mas não aconteceu assim. Estou casado e tenho dois filhos pequenos com uma mulher maravilhosa.

Você esperava esse sucesso todo com a trilogia?
Moccia: Não. Eu escrevi o primeiro livro para me libertar dessa história. Dediquei-me a ele por um ano e meio. Tive uma terrível desilusão amorosa. Se não prová-lo, não tem como saber.

Todo mundo já teve ao menos uma desilusão na vida, não?
Moccia: Eu não sei, é muito subjetivo. Depende do quanto você ama e da personalidade... Não posso dizer que a minha dor é maior do que a sua, porque é inimaginável o que você sente. Seria algo irresponsável.

Como é a desilusão amorosa para o Moccia?
Moccia: Algo doloroso, obsessivo (sempre recordando a mesma cena e a mesma frase) e prazeiroso de alguma forma.

Então, existe prazer na dor?
Moccia: Sim, é terrível (risos). Mesmo sentindo isso fisicamente. Tive um momento muito ruim: lembro-me que uma manhã, meu pai me levou para uma caminhada para caçar e eu disse: "Olha, as aves estão cantando". E meu pai respondeu: “Bem, menos mal, melhor assim”.

Podemos dizer que você tem sido o Mario Casas na realidade?    
Moccia: Sim, claro. Eu gosto do Mario, ele é bonitão! Também sua cabeça, é uma pessoa divertida. É difícil achar uma pessoa que seja tão bonito por dentro quanto é por fora. Adoro seu espírito e sua personalidade.
    
Você gostaria que Maria também fosse o protagonista da terceira parte?
Moccia: Claro, adoraria. Quero que Mario Casas volte a ser o Hache no final da trilogia. Já estamos negociando os direitos na Itália, acertado isso podemos fazer também na Espanha. Além disso, ele evoluiu muito e pode ser um teste magnífico para ele como ator.    
Ele disse que “Três metros acima do céu” foi o melhor de sua carreira...
Foi perfeito para ele. Para o seu momento pessoal, vida e carreira...

Você sabe que ele se apaixonou pela Maria Valverde, a protagnista, também na vida real?
Moccia: Sei, eu sei... E sei também que depois se separaram. Esse seria o momento perfeito, já que ele já não está mais com a moça com quem estava namorando depois que se separou dela. Estou sabendo de tudo.

Qual Hache encontraremos nessa terceira parte?
Moccia: Um crescido. Em outro momento da vida. Passou o período de juventude, de faculdade e agora chega o de trabalho e família. Todos subiram um degrau. E ele tomou uma decisão importante e está muito satisfeito com sua maturidade e com sua nova parceira, a quem ele ama. Ele fez de tudo um pouco, agora está em outro momento e está procurando por outras coisas. 
  
É um amor diferente?
Moccia: Claro, de um modo mais construtivo. Podemos dizer que agora seja um sentimento mais maduro, prefere outras coisas. Ele já não percorre a cidade apenas para ver sua amada por um minuto: agora ele prefere a tranquilidade e está feliz com sua nova parceira.      Essa foi a minha vida quando tinha 26 ou 27 anos, quando comecei a trabalhar na televisão e conheci pessoas novas, com umas me dei bem, com outras nem tanto e pouco a pouco construí o meu espaço.      Mas depois alguém volta e você tem que olhar para dentro...

Então, esse livro te colocou em prova?
Moccia: Inevitavelmente. Não se resolve os problemas ignorando-os, e sim enfrentando.

Você ficou triste por ter finalizado a trilogia?
Moccia: Muito. Este é o livro que me fez sentir pior, senti um baque.      Há também uma decisão que, bem, não posso dizer, mas veio de forma natural e me tocou muito... Mas vou dizer que gosto de como os personagens se tornaram generosos. Um deles chega à conclusão de que, se ele não pode ter o outro, ele pode, pelo menos, ser feliz com a felicidade dele. Você realmente ama quando sua felicidade é uma prioridade.    

Essa é uma das definições do amor, não?
Moccia: Bem... Depende. Ninguém é assim tão generoso...

Tem certeza que não?
Moccia: Eu não acredito. Você vê isso como uma derrota pessoal, não como uma grandeza. Geralmente, se “obriga” o parcero a ser infeliz, mas ao seu lado.

Sua mulher leu os livros?
Moccia: Está lendo, temos filhos pequenos e estamos bem ocupados. Minha irmã Valentina sim, foi a primeira a lê-los. Escreveu-me uma crítica que me dividiu muito, porque reconheceu muitas cenas e jantares comuns que vivemos. Ela é muito severa, em outros livros me disse que havia se aborrecido...mas nesse disse que havia gostado... e que chorou muito com o final.

Entrevista original você encontra 

Video novo com uma recente entrevista com Mario Casas onde ele fala da expectativa de voltar a interpretar Hache, aqui: http://www.rtve.es/playz/videos/playzlist/mario-casas-oscar-casas-bajo-piel-del-lobo/4500995/



Nenhum comentário:

Postar um comentário