terça-feira, 20 de novembro de 2018

Para Todos os garotos que já amei S2


Eu sou o tipo de pessoa que adora um romance adolescente,  só quem cresceu nos áureos anos 90 vai entender o poder de um filme assim.
Cresci, e ainda assim gosto desse tipo de história sejam elas em livros, filmes, séries ou doramas e esse ano, não posso reclamar, tivemos muitos filminhos clichês.
Assisti na Netflix o filme “Para todos os garotos que já amei” e gostei muito. No dia seguinte já tinha comprado os 3 livros, gostei da história por várias razões, Lara Jean não é uma mocinha típica, ela é órfã de mãe e tem uma ligação muito forte com às duas irmãs, Margot, a mais velha e Kitty, a caçula.
Lara Jean tem ascendência coreana e isso implica ser mais conservadora, ela não se diverte como as garotas da sua idade, é caseira e tem como passatempo assar biscoitos. Outro hobby da garota é escrever cartas de amor para seus crushes secretos e é assim que a história se desenrola.
Certo dia as cartas são enviadas e Lara Jean fica totalmente sem saber o que fazer, quando o ex-namorado de sua irmã, e também seu melhor amigo Josh, descobre os  sentimentos dela por ele e para despistar Josh ela aceita namorar de mentirinha o garoto mais popular da escola.
Conhecemos Peter Kavinshy, o gatoto mais maravilhoso de todos, ele começa essa história para provocar a ex-namorada Gen, que o trocou por um cara mais velho, mas acaba com o tempo gostando de verdade de Lara Jean, e é um tiro atrás do outro.

Ao longo dos 3 livros, Peter se mostra o mais frágil com relação aos sentimentos. No primeiro livro temos a Lara Jean toda hora insegura sobre namorar uma cara que namorava sua amiga de infância, que ela julga ser mais bonita que ela. Mas Peter com seu jeito irresistível logo ganha o carinho de Kitty e a relação dos dois é muito lindinha.
No segundo, a insegurança parte de Peter, pois aparece o terceiro crush de Lara Jean e que, por sinal, também tem um crush por ela. E no terceiro livro o que dá insegurança ao casal é a faculdade.
Devo admitir que adoraria acompanhar como os dois lidariam com a distância durante os anos de faculdade, penso que daria mais alguns livros, como Gilmore Girls.

Kitty sem dúvidas é a minha personagem preferida,  a caçula das irmãs Song é a mais rebelde e engraçada, morri de rir com suas tiradas bem humoradas. Gostaria de um livro contando a história dela com seu primeiro crush.
A autora se despede da história no terceiro livro e deixa claro que não terá continuação, uma pena, eu queria. :(

terça-feira, 20 de março de 2018

Estreia de Orgulho e Paixão


Esqueça tudo que te fez amar #OrgulhoEPreconceito, #OrgulhoEPaixão é uma colcha de retalhos de várias obras de Jane Austen. e não tem muito a ver com os livros da escritora.
É como se os autores tivessem colocado tudo num liquidificador e feito uma mistura, não só das histórias, como das características das personagens.
Não que eu esperasse algo fiel aos livros, adaptar Jane Austen, que retratava a Inglaterra do século XVII com uma novela das 6, brasileira, ambientada em São Paulo dos tempos do café, traria alterações consideráveis na estrutura, era mais que natural.
Mas algumas dessas adaptações me deixaram decepcionadas, mas gostei de muitas coisas também.
Encaixar personagens avulsos de outras obras de Jane em Orgulho e Paixão foi um acerto. Por exemplo, Ema, a casamenteira, como melhor amiga de Elizabeta caiu como uma luva, Marianne de Razão e Sensibilidade como uma das filhas Benetts também.
Agora vamos lá, mexer em um clássico precisa ter responsabilidade, o Sr. Darcy que conhecemos e amamos não é o tipo que se apaixona de cara, ele é arrogante e desconfiado, pois a vida lhe fez assim. Ele via muitas pessoas se aproximarem dele por interesse, principalmente moças em busca de casamentos vantajosos.
Lendo o livro a gente nunca sabe ao certo o que ele estava pensando, tanto que quando ele se declara para Lizzie, também nos pega de surpresa.
Sabe aquela cena do baile que ele fala que Elizabeth é apenas tolerável? Pois é, esqueça!
Darcy se encanta por ela de primeira, não deu nem graça.
As implicancias parece que foram mantidas, o que me acalma, mas o beijo sai sem muita cerimonia, isso decepciona.
Não é que eu esteja procurando pelo em ovo, mas é encantador a forma como Darcy se apaixona, ele vai vencendo todas as barreiras que o impedia de se apaixonar - ao ponto de falar que ele a amava mesmo ela não sendo de uma familia adequada. Aliás, essa declaração foi desastrosa e depois de ser rejeitado ele vai percebendo seus equivocos e vai mudando e aí ela se apaixona também.
Elizabeta é uma feminista, uma mulher a frente do seu tempo, idealista, que não acha que o casamento seja uma prioridade na vida de uma mulher, aliás, ela busca a igualdade de gênero e luta por isso, seria a diferentona dos dias de hoje – Nathalia Dill está muito bem no papel.
E o humor sarcástico do Sr. Bennet? Ainda não apareceu.
Mas a Sra. Bennet (Vera Holtz) está perfeita, a mesma mãe inconveniente e desesperada em casar as filhas com bons partidos.

         “É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de esposa.”

Frase inicial do romance também abriu a novela, Justo!
Vou dizer algo que disse aqui logo que fiquei sabendo dessa novela, que o público brasileiro poderia rejeitar o Darcy e preferir o Wickham, pois é, parece que esse foi o grande medo dos autores. Descaracterizaram muito, a começar escolhendo um ator quarentão para o papel, desculpa, Thiago Lacerda é galã experiente, mas não dá! Basta ver como ficou estranho o seu melhor amigo, Camilo, ser o jovem Maurício Destri, que por sinal, está ótimo representando o nosso Bingley!
As irmãs Bennets também foram bem escolhidas, todas jovens e bem caracterizadas, salvo Mariana que veio de Razão e Sensibilidade.
As vilãs, Susana e Julieta estão bem, fazendo um mix de vilãs que só pensam em aumentar suas posses.

Se eu tivesse que dar uma nota para essa estreia, daria 6, mexer no Darcy foi um pecado muito grande.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Novidade #A3MSC - Entrevista com Federicco Moccia

Federicco Moccia: “Quero que Mario Casas volte a ser H no final da trilogia”


Feliz por seus romances “Três metros acima do céu” e “Sou louco por você” – Quem leu os livros e não se lembra da mítica cena em que Mário Casas, interpretando Hache, um adolescente rebelde e apaixonado - atravessa a cidade levando na garupa de sua moto, Maria Valverde com os olhos vendados? Federicco Moccia já vendeu 2,5 milhões de exemplares e levou 3 milhões e pessoas ao cinema, convertendo sua saga em um fenômeno entre fãs românticos (e italiano) mais importante dos últimos anos. Agora ele está na Espanha para divulgar a última parte da trilogia de “Três metros acima do céu”, em que os personagens cresceram, trabalham e constituíram família. E sim, ele sabe que Mario e Maria se apaixonaram durante as filmagens do longa e que posteriormente romperam o relacionamento ...mas gostaria de vê-los, juntos novamente, na telona.
Esse é o desfecho da maior história de amor de todos os tempo”...
É para mim. É a minha história, de fato. O primeiro livro é a história que vivi aos 18 anos: foi o mais importante do mundo, não houve nada que se comparasse. O segundo foi do nosso reencontro anos depois. E agora, o terceiro, bem, serão os mesmos personagens já adultos, onde as prioridades são outras.

Você se apaixonou como o Hache?
Moccia: Sim. Acredito que até mais.

O que ela disse quando te deixou?
Moccia: Nos reencontramos muitos anos depois do nosso rompimento. Ela disse: “gostei muito do livro, mas a protagonista não se parece nada comigo”. E eu me perguntei: Com quem eu estive por cinco anos? E então percebi que quando uma pessoa está apaixonada, ela vê a outra pessoa só através dos seus olhos. O que ela pensa, sonha, acredita...mas não é ela, são seus olhos, o amor que você enxerga nela.

Vocês ainda mantem contato?
Moccia: Felizmente, não.

Você se lembrou de quando estavam juntos?
Moccia: Quando eu era jovem pensava que passaria toda a minha vida com ela, mas não aconteceu assim. Estou casado e tenho dois filhos pequenos com uma mulher maravilhosa.

Você esperava esse sucesso todo com a trilogia?
Moccia: Não. Eu escrevi o primeiro livro para me libertar dessa história. Dediquei-me a ele por um ano e meio. Tive uma terrível desilusão amorosa. Se não prová-lo, não tem como saber.

Todo mundo já teve ao menos uma desilusão na vida, não?
Moccia: Eu não sei, é muito subjetivo. Depende do quanto você ama e da personalidade... Não posso dizer que a minha dor é maior do que a sua, porque é inimaginável o que você sente. Seria algo irresponsável.

Como é a desilusão amorosa para o Moccia?
Moccia: Algo doloroso, obsessivo (sempre recordando a mesma cena e a mesma frase) e prazeiroso de alguma forma.

Então, existe prazer na dor?
Moccia: Sim, é terrível (risos). Mesmo sentindo isso fisicamente. Tive um momento muito ruim: lembro-me que uma manhã, meu pai me levou para uma caminhada para caçar e eu disse: "Olha, as aves estão cantando". E meu pai respondeu: “Bem, menos mal, melhor assim”.

Podemos dizer que você tem sido o Mario Casas na realidade?    
Moccia: Sim, claro. Eu gosto do Mario, ele é bonitão! Também sua cabeça, é uma pessoa divertida. É difícil achar uma pessoa que seja tão bonito por dentro quanto é por fora. Adoro seu espírito e sua personalidade.
    
Você gostaria que Maria também fosse o protagonista da terceira parte?
Moccia: Claro, adoraria. Quero que Mario Casas volte a ser o Hache no final da trilogia. Já estamos negociando os direitos na Itália, acertado isso podemos fazer também na Espanha. Além disso, ele evoluiu muito e pode ser um teste magnífico para ele como ator.    
Ele disse que “Três metros acima do céu” foi o melhor de sua carreira...
Foi perfeito para ele. Para o seu momento pessoal, vida e carreira...

Você sabe que ele se apaixonou pela Maria Valverde, a protagnista, também na vida real?
Moccia: Sei, eu sei... E sei também que depois se separaram. Esse seria o momento perfeito, já que ele já não está mais com a moça com quem estava namorando depois que se separou dela. Estou sabendo de tudo.

Qual Hache encontraremos nessa terceira parte?
Moccia: Um crescido. Em outro momento da vida. Passou o período de juventude, de faculdade e agora chega o de trabalho e família. Todos subiram um degrau. E ele tomou uma decisão importante e está muito satisfeito com sua maturidade e com sua nova parceira, a quem ele ama. Ele fez de tudo um pouco, agora está em outro momento e está procurando por outras coisas. 
  
É um amor diferente?
Moccia: Claro, de um modo mais construtivo. Podemos dizer que agora seja um sentimento mais maduro, prefere outras coisas. Ele já não percorre a cidade apenas para ver sua amada por um minuto: agora ele prefere a tranquilidade e está feliz com sua nova parceira.      Essa foi a minha vida quando tinha 26 ou 27 anos, quando comecei a trabalhar na televisão e conheci pessoas novas, com umas me dei bem, com outras nem tanto e pouco a pouco construí o meu espaço.      Mas depois alguém volta e você tem que olhar para dentro...

Então, esse livro te colocou em prova?
Moccia: Inevitavelmente. Não se resolve os problemas ignorando-os, e sim enfrentando.

Você ficou triste por ter finalizado a trilogia?
Moccia: Muito. Este é o livro que me fez sentir pior, senti um baque.      Há também uma decisão que, bem, não posso dizer, mas veio de forma natural e me tocou muito... Mas vou dizer que gosto de como os personagens se tornaram generosos. Um deles chega à conclusão de que, se ele não pode ter o outro, ele pode, pelo menos, ser feliz com a felicidade dele. Você realmente ama quando sua felicidade é uma prioridade.    

Essa é uma das definições do amor, não?
Moccia: Bem... Depende. Ninguém é assim tão generoso...

Tem certeza que não?
Moccia: Eu não acredito. Você vê isso como uma derrota pessoal, não como uma grandeza. Geralmente, se “obriga” o parcero a ser infeliz, mas ao seu lado.

Sua mulher leu os livros?
Moccia: Está lendo, temos filhos pequenos e estamos bem ocupados. Minha irmã Valentina sim, foi a primeira a lê-los. Escreveu-me uma crítica que me dividiu muito, porque reconheceu muitas cenas e jantares comuns que vivemos. Ela é muito severa, em outros livros me disse que havia se aborrecido...mas nesse disse que havia gostado... e que chorou muito com o final.

Entrevista original você encontra 

Video novo com uma recente entrevista com Mario Casas onde ele fala da expectativa de voltar a interpretar Hache, aqui: http://www.rtve.es/playz/videos/playzlist/mario-casas-oscar-casas-bajo-piel-del-lobo/4500995/



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

THIS IS US é de longe a melhor série da vida



This is us conta a história de uma família em vários momentos do passado e do presente. Jack é casado com Rebecca e logo no início ficamos sabendo que eles iriam ter trigêmeos, no entanto apenas um casal de gêmeos sobreviveu. Mas Jack e Rebecca tinham muito amor no coração, e no momento de maior dor eles conseguiram transformar em algo bom ao adotarem o também recém-nascido Randall.
Devo admitir que demorei para começar a assistir, normalmente espero pelo menos uma temporada para começar e depois de toda a repercussão que a série teve após o SuperBowl, enfim me animei.
Aliás, o domingo de SuperBowl é algo realmente marcante, não apenas mais um dia, é quase que um feriado, um dia preparado com carinho pelos Pearce.
Também ficamos sabendo que Jack morreu jovem e que ninguém gosta de falar sobre o ocorrido.
Passamos vários episódios nos deleitando com as memórias daquela família e aos poucos entendendo como fatos da infância até os dias de hoje interferem na vida daquelas crianças, mesmo depois de adultos.
É de uma delicadeza, não dá para assistir essa série sem se emocionar.
Kevin, o número um, de uma forma geral sempre foi negligenciado pelos pais, não que eles não o amasse, mas Kevin parecia não precisar tanto dos pais quanto os irmãos, era bonito, popular e destemido. Mas Kevin era só um menino, que precisava de atenção e cuidados da mesma forma e é claro que ao ver toda a dedicação que os pais tinha com os outros filhos, se sentia menos amado.
Ele cresceu sem se resolver com seu passado, em tudo que tentou fazer podemos ver um Kevin inseguro, seja com o amor de sua vida ou sua carreira.
Kate, a número 2, desde pequena sofre com o peso e se sentindo inferior, com baixa auto-estima. Se sentia pressionada pelo fato de sua mãe ser magra e linda. Jack sempre foi seu porto-seguro.
Todas as vezes que via sua garotinha triste, ele dava um jeito de fazê-la se sentir melhor.
Nessa relação podemos ver que Rebecca perdia para Jack sempre, ela era a vilã que tentava dar limite aos filhos, quanto Jack era o pai herói que fazia tudo para vê-los felizes.
Kate cresceu se culpando pela morte do pai e ao conhecer Tobi encontrou alguém que a ame do jeito que ela é, mesmo assim, ainda é uma relação muito delicada.
Randall, o número 3, foi abandonado na porta do corpo de bombeiros, menino negro, foi adotado por um casal de brancos, e mesmo tendo sempre recebido todo amor do mundo, sentia-se dividido em saber sua origem.
Muito inteligente e sensível, foi o que melhor soube conduzir sua vida, formou-se, casou e teve filhas maravilhosas e mesmo depois de muitos anos, decidiu encontrar o seu pai biológico, o qual ainda pode ter bons momentos.
Rebecca era uma mãe de verdade, cuidava dos filhos, mas o medo de não bastar ou perder Randall fez com que ela o superprotegesse demais negligenciando os outros em alguns momentos. Mas ela tentava muito ser uma boa mãe, mas Jack era uma concorrência desleal mesmo para ela.
Jack teve uma infância difícil, seu pai era alcoólatra e batia em sua mãe, cresceu tendo em mente que seria o oposto dele.
Foi o melhor pai e o melhor marido que poderia ser, mas claro, ele não era perfeito, assim como seu pai, Jack havia herdado o gene do alcoolismo, o que quase acabou com seu casamento.
Mas decidido, abriu pra sua esposa e filhos que iria iniciar seu tratamento e estava bem quando morreu.
Dá para entender o porquê ainda é tão dificil falar sobre ele, pois Jack era maravilhoso e não é fácil admitir que aquele pai também errasse de vez em quando, quando bebia demais ou quando passava a mão na cabeça para não ver seus filhos chateados em ele.

Jack morreu como o herói que todos faziam a gente acreditar.

Mas é claro que ainda temos muita coisa para descobrir dessa familia.