Faz um tempo que não comento sobre novelas. Não
porque não esteja assistindo, mas por falta de inspiração. Nesse tempo não me encantei
com nenhuma trama.
Atualmente estão no ar duas novelas que tem me
agradado: “Sangue Bom” e “Amor à Vida”.
“Sangue Bom” é uma novela de Maria Adelaide Amaral
e Vicent Villari que chama a atenção por ser bem colorida e popular. A trama se passa na zona norte de São Paulo com referência aos bairros
da Pompeia com a “Mulher Mangaba” interpretada pela Hellen Roche e o da Casa
Verde, onde mora a maior parte do elenco.
Quando estreou os autores vieram com um papo
que a novela teria seis protagonistas: Bento
(Marco
Pigossi), Amora (Sophie
Charlotte), Malu (Fernanda
Vasconcellos), Fabinho (Humberto
Carrão), Mauricio (Jayme
Matarazzo) e Giane (Isabelle
Drummond), no entanto não é isso que vemos.
“Sangue Bom” tem apenas dois protagonistas,
a Sophie e o Marco, isso é óbvio. Os outros são escadas para o casal que por
sinal, eu não curto. A Amora é insuportável, namora o Maurício sabendo que sua
irmã Malu sempre o amou e o faz apenas por orgulho, pois seu coração pertence ao florista
Bento, seu amigo de infância que também é a paixão platônica de
Giane, o Fabinho não ama nem é amado por ninguém.
A novela me faz rir horrores, a começar com a
louca da Damaris interpretada pela Marisa Orth com suas loucuras para
reconquistar o ex marido, suas confusões com as mulheres frutas são de chorar
de rir. Adoro quando ela se junta ao Lucindo de Joaquim Lopes.
A novela tem muita coisa boa, mas o excesso de
enrolação me cansa as vezes, essa história de tentar fazer uma versão de “Quadrilha”
de Drummond não me agrada.
Já “Amor à Vida” é do Walcyr Carrasco, eu ainda
estou com ele engasgado desde “Morde e Assopra”, até hoje não me conformo com a
morte da Márcia. Mas enfim, a novela nem de longe tem o carisma de “Avenida
Brasil”, mas tem suas qualidades. A novela parece série de tv, os
acontecimentos não demoram muito a vir a tona. Só no primeiro capitulo
aconteceu de tudo com a mocinha da novela, Paloma, vivida por Paola Oliveira,
desde passar no vestibular para medicina, viajar com a família para Machu Picchu,
ter uma briga feia com a mãe Pillar (Suzana Viera), se apaixonar pelo
aventureiro Ninho (Juliano Cazarré), largar tudo por essa paixão, engravidar,
ver o namorado ser preso ao embarcar no avião com drogas, esconder a gravidez
da família por 9 meses e ter a filha roubada pelo próprio irmão, Felix (Matheus Solano)
uffa! Mas isso foi só a parte da Paloma, na outra trama paralela, Bruno
(Malvino Salvador) perde mulher e filho durante o parto e ao sair do hospital
encontra a criança abandonada por Felix numa caçamba de lixo.
A novela trata de muitas tramas além da
principal e tem muitos esquetes de humor, como a que envolve Valdirene, a
periguete vivida pela Tatá Werneck, que já deu em cima de Neymar, Gustavo Lima,
Vitor Belfort e foi humilhada duas vezes por um médico.
Patrícia e Michel formam outro casal bacana,
Perséfone, a enfermeira virgem que dá em cima do colega de trabalho também garante a risada, enfim,
muitas tramas boas.
Mas quem tem roubado a cena é Felix, a bicha
má, como é chamado, tem cativado o público apesar de toda sua vilania, alguns
até o camparam com a Carminha.
Bom, as duas novelas parecem ser boas, vamos
acompanhar.
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