quarta-feira, 12 de junho de 2013

Novelas: "Sangue Bom" e "Amor à Vida"


Faz um tempo que não comento sobre novelas. Não porque não esteja assistindo, mas por falta de inspiração. Nesse tempo não me encantei com nenhuma trama.
Atualmente estão no ar duas novelas que tem me agradado: “Sangue Bom” e “Amor à Vida”.
“Sangue Bom” é uma novela de Maria Adelaide Amaral e Vicent Villari que chama a atenção por ser bem colorida e popular. A trama se passa na zona norte de São Paulo com referência aos bairros da Pompeia com a “Mulher Mangaba” interpretada pela Hellen Roche e o da Casa Verde, onde mora a maior parte do elenco.
Quando estreou os autores vieram com um papo que a novela teria seis protagonistas: Bento (Marco Pigossi), Amora (Sophie Charlotte), Malu (Fernanda Vasconcellos), Fabinho (Humberto Carrão), Mauricio (Jayme Matarazzo) e Giane (Isabelle Drummond), no entanto não é isso que vemos.
“Sangue Bom” tem apenas dois protagonistas, a Sophie e o Marco, isso é óbvio. Os outros são escadas para o casal que por sinal, eu não curto. A Amora é insuportável, namora o Maurício sabendo que sua irmã Malu sempre o amou e o faz apenas por orgulho, pois seu coração pertence ao florista Bento, seu amigo de infância que  também é a paixão platônica de Giane, o Fabinho não ama nem é amado por ninguém. 
A novela me faz rir horrores, a começar com a louca da Damaris interpretada pela Marisa Orth com suas loucuras para reconquistar o ex marido, suas confusões com as mulheres frutas são de chorar de rir. Adoro quando ela se junta ao Lucindo de Joaquim Lopes.
A novela tem muita coisa boa, mas o excesso de enrolação me cansa as vezes, essa história de tentar fazer uma versão de “Quadrilha” de Drummond não me agrada.
“Amor à Vida” é do Walcyr Carrasco, eu ainda estou com ele engasgado desde “Morde e Assopra”, até hoje não me conformo com a morte da Márcia. Mas enfim, a novela nem de longe tem o carisma de “Avenida Brasil”, mas tem suas qualidades. A novela parece série de tv, os acontecimentos não demoram muito a vir a tona. Só no primeiro capitulo aconteceu de tudo com a mocinha da novela, Paloma, vivida por Paola Oliveira, desde passar no vestibular para medicina, viajar com a família para Machu Picchu, ter uma briga feia com a mãe Pillar (Suzana Viera), se apaixonar pelo aventureiro Ninho (Juliano Cazarré), largar tudo por essa paixão, engravidar, ver o namorado ser preso ao embarcar no avião com drogas, esconder a gravidez da família por 9 meses e ter a filha roubada pelo próprio irmão, Felix (Matheus Solano) uffa! Mas isso foi só a parte da Paloma, na outra trama paralela, Bruno (Malvino Salvador) perde mulher e filho durante o parto e ao sair do hospital encontra a criança abandonada por Felix numa caçamba de lixo.
A novela trata de muitas tramas além da principal e tem muitos esquetes de humor, como a que envolve Valdirene, a periguete vivida pela Tatá Werneck, que já deu em cima de Neymar, Gustavo Lima, Vitor Belfort e foi humilhada duas vezes por um médico.
Patrícia e Michel formam outro casal bacana, Perséfone, a enfermeira virgem que dá em cima do colega de trabalho também garante a risada, enfim, muitas tramas boas.
Mas quem tem roubado a cena é Felix, a bicha má, como é chamado, tem cativado o público apesar de toda sua vilania, alguns até o camparam com a Carminha.
Bom, as duas novelas parecem ser boas, vamos acompanhar.


Filme: Somos tão jovens


Faz exatamente duas semanas que fui ver o filme “Somos tão jovens” no cinema e desde então tenho pensado se deveria ou não escrever sobre o que achei.
Na verdade achei o filme muito raso e se o Renato Russo era tão chato quanto foi mostrado, coitado de quem teve que lidar com a personalidade desse gênio indomável.
O filme narra a vida de Renato Russo desde sua adolescência em Brasília até o começo da fama que se deu quando a “Legião Urbana” foi convidada a tocar no Circo Voador no Rio de Janeiro – o point do rock nacional nos anos 80.
Renato era um jovem estranhíssimo, gostava de ler livros filosóficos, gravava as conversas que tinha com os amigos para servir de inspiração para compor suas músicas e detalhe, sem a pessoa saber que estava sendo gravada. Por essa razão ele quase perdeu a melhor amiga “Aninha” tendo que se desculpar com a música “Ainda é cedo”.  Ele gostava de punk e ouvia Sex Pistols, até se vestia como punk.
Acabou criando sua primeira banda, o “Aborto Elétrico” com a formação original:  Renato Russo no baixo e vocal, André Pretorius na guitarra e Fê Lemos na bateria. Após o primeiro show André Pretorius deixou a banda para servir o exército da África do Sul, com isso Flávio Lemos, irmão de Fê, assumiu o baixo e Renato os vocais. A banda não teve vida longa, depois de muitos desentendimentos Renato saiu do Aborto. A banda sem ele não durou muito. Renato continuou sozinho por um tempo onde conseguiu inspiração para as músicas: “Eduardo e Mônica” e “Faroeste Caboclo”. Flávio e Fê Lemos se juntaram a Dinho Ouro Preto e criaram o “Capital Inicial”. Pouco tempo depois Renato também iniciava uma nova banda, a “Legião Urbana” com  Marcelo Bonfá, Paulo Paulista e Eduardo Paraná.
Quando eu digo que o filme foi raso não é que não tenha gostado, é porque esperava mais de um filme sobre a vida de Renato Russo, por exemplo, o filme focou demais na época do “Aborto Elétrico” e quase nada na fase arrasadora que foi a “Legião Urbana”. Faltou falar também da doença que matou Renato... Enfim, gostei um pouco, mas esperava mais, quem sabe não sai uma continuação?
Outro filme que estreou recentemente foi “Faroeste Caboclo” baseado na letra de Renato Russo que narra à saga que João de Santo Cristo, esse filme ainda não vi, porém ouvi muitas críticas de pessoas dizendo que esperaram tanto por um filme para ele ser uma porcaria, alguns reclamam do cinema nacional, que filme brasileiro não presta mesmo, essas coisas. Como esse eu não vi não vou opinar por enquanto.

É isso!