Essa semana não foi muito feliz para mim. Não é fácil se
despedir do nosso maior ídolo no esporte. Eu de certa forma já estava tentando
me acostumar com essa idéia desde que ele anunciou que pararia no final da
temporada de 2011. O Deola aos poucos já tinha tomado a posição de titular, mas
era sempre bom saber que ele estava ali e que a qualquer momento poderia entrar
em campo e jogar, como foi sua rotina por tanto tempo.
Ter a confirmação de sua aposentadoria nessa quarta-feira
04/01/2012 me fez sentir uma tristeza muito grande. Nós estávamos nos
preparando para o adeus, mas não sabíamos que ele doeria tanto quando chegasse
à hora. Marcos era a única referência de ídolo pra mim nesse atual elenco do
Palmeiras. O único que toda a torcida podia confiar e gritar a plenos pulmões nos
jogos “Puta que Pariu, é o melhor goleiro
do Brasil, Marcos!” Pois era palmeirense e que amava o clube acima de tudo.
Não preciso dizer que meus olhos encheram-se de lágrimas ao me lembrar
das defesas incríveis que ele fez ao longo da vitoriosa carreira de 20 anos
defendendo o Palmeiras e a Seleção Brasileira. Quando me lembro do Marcos,
volto aos meu 9 anos de idade, quando assistia a todos os jogos com o meu pai, um palmeirense fanático que me ensinou
a amar Palmeiras.
Lembro do meu velho comemorando a Libertadores de 99 após
o pênalti desperdiçado por Zapatta, correndo para festejar com os
vizinhos, da madrugada ouvindo mil vezes seguidas a narração na rádio Jovem Pan
AM. Da alegria que foi aquele dia e de como aquela paixão tomou conta do meu
coração. Nascia naquele momento o meu maior ídolo.
Também é clássico lembrar-se das semifinais de 2000 em que
Marcos defendeu o pênalti de Marcelinho, eliminando o Corinthians pela segunda
vez consecutiva da Libertadores da América e sendo beatificado e canonizado pela torcida
alviverde como 'São Marcos' de Palestra
Itália, o 'Santo' do Palmeiras!
Outro momento incrível da
carreira do Santo foi durante a Copa do
Mundo de 2002 na Coréia/Japão em que fomos Pentacampeões Mundiais. Muitos
vão guardar na lembrança os gols decisivos de Ronaldo e Rivaldo, as pedaladas
de Denilson, mas as defesas de Marcos contra a Bélgica que possibilitou a
seleção a seguir em frente e conquistar a Taça. Ele realmente foi um monstro debaixo das
traves.
Marcão foi ainda mais generoso quando decidiu permanecer jogando
pelo Palmeiras, mesmo depois do time ter sido rebaixado para a série B. Ele
tinha proposta do Arsenal-Inglaterra, mas preferiu ficar. Seu último título
pelo Palmeiras foi o Paulista de 2008, o qual comemorou muito, como se fosse
uma Copa ou uma Libertadores.
Falar dele como pessoa, bem eu não o conheço pessoalmente, mas
todos que tiveram esse privilégio não vacilam ao dizer do seu caráter impar,
sujeito boa praça, capaz de nutrir a admiração até nos torcedores rivais, que gosta de ajudar os outros, contador de ‘causos’, bom
filho e ídolo de 15 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo.
Só me resta agradecer ao Marcos por todos esses anos de
dedicação ao Palmeiras e por ter despertado em mim essa paixão que de 1999 pra
cá só aumentou, mesmo com o time em baixa. Imagino que tomar essa decisão deva
tê-lo deixado muito triste mais do que a nós torcedores e devotos.
Por essa razão Marcão, desejo-lhe toda a sorte do mundo, que
você seja muito feliz e que possa continuar ajudando o Palmeiras seja na
comissão técnica ou na diretoria como reza o seu contrato.
Obrigada e Boa sorte Marcão!
#SãoMarcosEterno
Marcos será inesquecível para qualquer palmeirense.
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