sábado, 8 de outubro de 2011

Rock in Rio – A descoberta de uma paixão

Eu não sou roqueira, apenas gosto de música, sempre foi assim, nunca me rotulei até porque o meu gosto musical vai do Sertanejo ao Pop, passando por algumas agruras que prefiro não comentar rsrs. Nunca fui daquelas que pensa que se você gosta de Rock você não pode gostar de samba, por exemplo. Cazuza já dizia isso nos tempo de Barão Vermelho, existe apenas musicas ruins e músicas boas não têm que se limitar, experimentar coisas novas pode quebrar vários paradigmas.
O Rock in Rio acabou essa semana e foi responsável por trazer ao país várias bandas e artistas bem conhecidos do grande público, como a Ke$sha, Rihanna, Shakira, Red Hot Chili Peppers, Coldplay, Maroon 5, Joss Stone, Guns N’ Roses, Metálica  e muitos outros, mas o que me deixou feliz foi ter a oportunidade de conhecer melhor algumas bandas como: Slipknot, SOAD e artistas maravilhosos como Steve Wonder e Janette Monaé.
Eu lembro que há alguns anos eu fui apresentada ao System Of A Down, eu lembro que eu gostei, mas não me empolguei muito, eu sempre gostei de rock tupiniquim, achava que Metal e suas ramificações eram apenas barulho, sem técnica vocal alguma. Como é bom quebrar a cara, SOAD foi responsável por isso. Eu assisti vários shows, em casa, uns me assustaram num primeiro momento como o Slipknot, aqueles caras mascarados que só gritavam “Mother fuckin”. Eu pensei “isso não pode ser música”, “o cara tá xingando todo mundo e eles ainda gritam” hahaha
A verdade mesmo é que SOAD é muito bacana, não é apenas gritaria, eu percebi o quanto o vocalista deles, o Seiji tem técnica, o guitarrista é um sarro, as letras são politizadas e cheias de ironias, eu curti bastante, eu acho que sou um pouco, quase nada, metaleira. Descobertas de um RIR.
Aproveitando o ensejo, vou comentar também algumas apresentações brasileiras. Ouvi dizer que a Claudia Leite foi vaiada, mas a Ivete foi aclamada, teve o pessoal do Glória que assim como o NX Zero sofreram com o público, bandas das antigas sempre fazendo bonito, caso do Titãs, Paralamas do Sucesso, Skank, Capital Inicial e bandas como Detonautas e Pitty tiveram a sua grande chance.


A baianinha Pitty subiu ao palco Mundo às 20hs em ponto, logo após o show do Detonautas do sempre polêmico e politizado Tico Santa Cruz. Ela levou um repertório mais pesado, com as primeiras faixas de anacrônico e admirável chip novo, percebi que a platéia estava quieta demais, a Pitty também percebeu e até fez alguns comentários tentando chamar a galera, mas pouco adiantou. Mas o que me deixou impressionada foi que canções mais lentas e românticas como: equalize, na sua estante e me adora fizeram essa galera cantar junto e abrir o coração. Quem diria?
Pitty terminou seu show com o hit tradicional Máscara e no meio da letra ela mandou um cover de Nirvana cantando a introdução de Smells like teen spirit e pôs a galera pra pular, foi impressionante o poder que essa canção tem, já faz 20 anos que Nevermind foi lançado e o disco ainda serve como referência e saída estratégica para várias bandas, sempre dá certo.
Senti falta de outras bandas boas que temos como O Rappa, Charlie Brown e CPM22, o festival poderia ter aberto espaço para eles. Tem gente que torce o nariz para a diversidade musical do Rock in Rio, alegam que é um evento de Rock e não de pop, axé, MPB e etc, mas pensando bem, foram dois finais de semana, se fosse só de Rock seria muito chato, foi bom curtir Ivete, Katty Perry e a Shakira, a diversidade está aí e para todos os gostos.
Até setembro de 2013 Rock in Rio.


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