This is us conta a história de uma família
em vários momentos do passado e do presente. Jack é casado com Rebecca e logo
no início ficamos sabendo que eles iriam ter trigêmeos, no entanto apenas um
casal de gêmeos sobreviveu. Mas Jack e Rebecca tinham muito amor no coração, e
no momento de maior dor eles conseguiram transformar em algo bom ao adotarem o
também recém-nascido Randall.
Devo admitir que demorei para começar a assistir,
normalmente espero pelo menos uma temporada para começar e depois de toda a
repercussão que a série teve após o SuperBowl, enfim me animei.
Aliás, o domingo de SuperBowl é algo realmente
marcante, não apenas mais um dia, é quase que um feriado, um dia preparado com
carinho pelos Pearce.
Também ficamos sabendo que Jack morreu
jovem e que ninguém gosta de falar sobre o ocorrido.
Passamos vários episódios nos deleitando
com as memórias daquela família e aos poucos entendendo como fatos da infância até
os dias de hoje interferem na vida daquelas crianças, mesmo depois de adultos.
É de uma delicadeza, não dá para assistir
essa série sem se emocionar.
Kevin, o número um, de uma forma geral
sempre foi negligenciado pelos pais, não que eles não o amasse, mas Kevin
parecia não precisar tanto dos pais quanto os irmãos, era bonito, popular e
destemido. Mas Kevin era só um menino, que precisava de atenção e cuidados da
mesma forma e é claro que ao ver toda a dedicação que os pais tinha com os
outros filhos, se sentia menos amado.
Ele cresceu sem se resolver com seu
passado, em tudo que tentou fazer podemos ver um Kevin inseguro, seja com o
amor de sua vida ou sua carreira.
Kate, a número 2, desde pequena sofre com o
peso e se sentindo inferior, com baixa auto-estima. Se sentia pressionada pelo
fato de sua mãe ser magra e linda. Jack sempre foi seu porto-seguro.
Todas as vezes que via sua garotinha triste,
ele dava um jeito de fazê-la se sentir melhor.
Nessa relação podemos ver que Rebecca
perdia para Jack sempre, ela era a vilã que tentava dar limite aos filhos,
quanto Jack era o pai herói que fazia tudo para vê-los felizes.
Kate cresceu se culpando pela morte do pai
e ao conhecer Tobi encontrou alguém que a ame do jeito que ela é, mesmo assim,
ainda é uma relação muito delicada.
Randall, o número 3, foi abandonado na porta do corpo de
bombeiros, menino negro, foi adotado por um casal de brancos, e mesmo tendo
sempre recebido todo amor do mundo, sentia-se dividido em saber sua origem.
Muito inteligente e sensível, foi o que melhor
soube conduzir sua vida, formou-se, casou e teve filhas maravilhosas e mesmo
depois de muitos anos, decidiu encontrar o seu pai biológico, o qual ainda pode
ter bons momentos.
Rebecca era uma mãe de verdade, cuidava dos
filhos, mas o medo de não bastar ou perder Randall fez com que ela o superprotegesse
demais negligenciando os outros em alguns momentos. Mas ela tentava muito ser
uma boa mãe, mas Jack era uma concorrência desleal mesmo para ela.
Jack teve uma infância difícil, seu pai era
alcoólatra e batia em sua mãe, cresceu tendo em mente que seria o oposto dele.
Foi o melhor pai e o melhor marido que
poderia ser, mas claro, ele não era perfeito, assim como seu pai, Jack havia
herdado o gene do alcoolismo, o que quase acabou com seu casamento.
Mas decidido, abriu pra sua esposa e filhos
que iria iniciar seu tratamento e estava bem quando morreu.
Dá para entender o porquê ainda é tão dificil falar sobre ele, pois Jack era maravilhoso e não é fácil admitir que aquele pai também errasse de vez em quando, quando bebia demais ou quando passava a mão na cabeça para não ver seus filhos chateados em ele.
Dá para entender o porquê ainda é tão dificil falar sobre ele, pois Jack era maravilhoso e não é fácil admitir que aquele pai também errasse de vez em quando, quando bebia demais ou quando passava a mão na cabeça para não ver seus filhos chateados em ele.
Jack morreu como o herói que todos faziam a
gente acreditar.
Mas é claro que ainda temos muita coisa para descobrir dessa familia.