Ser Palmeirense é algo que eu escolhi ser. Meu amor por esse clube nasceu quando eu ainda era criança, desabrochou em 99, e se fortaleceu ano a ano.
Eu vivi a fase de ouro da Parmalat, onde vencemos tudo ou quase tudo que um time pode vencer.
Mas mesmo na fase boa, sempre tinha as decepções que intercalavam. Ganhamos tantos títulos, perdemos outros, mas o mais importante: Estávamos sempre nas cabeças, sendo protagonistas.
Nos últimos anos passamos por algo que não estávamos acostumados, e sofremos. Em 10 anos ganhamos 2 títulos (um paulista em 2008 e a Copa do Brasil de 2012), mas sofremos 2 rebaixamentos...
Quantos times horrorosos nos representaram...
Hoje, perdemos a final do Paulista, um título sem relevância, mas que queríamos muito.
Nosso time veio de um 2014 horroroso, onde quase caímos.
Houve uma reformulação, 20 jogadores chegaram, outros tantos se foram. O Palmeiras se reergueu em 5 meses. Temos um time competitivo e um elenco forte.
Nosso início não foi fácil, passamos por uma fase de instabilidade, com partidas boas e outras ruins. As vezes jogávamos bem e perdíamos, como nos primeiros 2 clássicos contra Corinthians e Santos.
Mas o time continuou evoluindo, e tivemos uma vitória maravilhosa contra o São Paulo, e depois de passar pela Ponte Preta, nos classificamos para as semifinais, o adversário, o Corinthians, o melhor time do Brasil, segundo a imprensa.
A lógica era que eles passassem com facilidade por nós, mas o time se superou, mostrou evolução tática, encarou o Corinthians de igual pra igual e levou a decisão para os penais onde brilhou a estrela de Fernando Prass.
Mas o time todo foi bem, chegamos a final contra o Santos, outro time que passou por poucas e boas e se superou nesse inicio de ano.
Não seria fácil.
A primeira partida, na nossa casa, no Allians Parque, vencemos pelo placar magro de 1x0 num jogo onde poderímos ter vencido por mais. Dudu, o jogador mais badalado, que chegou depois de um chapéu em cima de São Paulo e Corinthians, um jovem talentoso que vinha fazendo um ótimo campeonato, que se identificou com a nossa torcida... o Dudu, perdeu o pênalti que nos daria a vantagem maior no jogo e na final na Vila.
Jogaríamos pelo empate, mas não poderíamos nos fechar.
Jogaríamos pelo empate, mas não poderíamos nos fechar.
O time hoje entrou durante a execução do Hino Nacional. Mal presságio? Não sei, foi chato. O time em campo não fez o que a gente esperava, não jogou bem, e o Santos nos engoliu no primeiro tempo marcando 2x0. Pra piorar, o Dudu se enroscou com o tal de Geovânio e o juiz idiota expulsou os dois. O garoto ficou transtornado, e se descontrolou. Saiu chorando de campo.
Com isso, o jogo melhorou para nós. O Palmeiras voltou para o segundo tempo mais agressivo, com Cleiton Xavier. Jogando melhor e indo pra cima, conseguimos o gol. Valdivia que estava muito mal na partida, conseguiu um lançamento fodásticos para Lucas colocar o Palmeiras na parada de novo.
Se o time tivesse mantido a postura de continuar agredindo o Santos, poderíamos ter empatado o jogo e ganhado o título, mas não, o jogo foi para os penais.
Diferente de quando eliminamos o Corinthians, hoje nossos jogadores estavam nervosos demais. Perdemos, mas caímos de pé.
Poderia aqui falar mal dos que não jogaram tão bem, falar que nada presta, queimar todo mundo, mas na verdade não sinto raiva. Perder faz parte do jogo.
O mais importante é que chegamos e chegamos forte.
Nosso time é bom, temos mais 2 campeonatos para disputar e sim, podemos vencer.
Eu não sei quanto a você, amigo Palmeirense, mas eu estou triste, queria muito esse título, mas ficarei feliz se a gente chegar junto na Copa do Brasil e no Brasileiro. Podemos chegar na Libertadores, sim, temos time pra isso.
A minha tristeza não é porque fomos rebaixados ou porque fizemos uma temporada horrorosa, como ano passado, minha tristeza é porque perdemos um título, onde jogamos contra outro time forte e jogamos bem, perdemos nos pênaltis, estou orgulhosa, tenho fé que nosso ano será melhor.
Quero dizer ao Dudu, que estamos com ele, que precisamos dele. Que shit happens, mas o mais importante é que resgatamos o orgulho verde.
Estou triste, mas não envergonhada.
Vamos continuar com o sócio torcedor, pois só assim teremos times fortes e competitivos, nada de caça as bruxas.
#AvantiPalestra